quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Instintos seguros

Estou segurando um cão de três cabeças chamado desejo.
As duas mãos atadas e ele puxa, ele ruge.
Uma hora ele solta e eu fico sem controle de todos os meus dedos e entrego de cabeça aos meus desejos.
E de novo eu tenho que segurar o cão de três cabeças...

É uma sensação frustrante, mas não decepcionante.
Me sinto o cara! Na hora que tenho que dar aquela respirada e simplesmente parar o que estou fazendo naquele calor humano entre homem e mulher.
Não, isso não tem haver com eu ter respeito, bem tem um pouco.
Tem mais haver com a força que temos dentro de nós.

Escolher para de sentir dor, quando o coração está simplesmente suicidando.
Acreditar que vai dar certo, mesmo quando tudo parece só dar errado.
Olhar nos olhos e respirar, tirando todo aquele desejo de arrancar as roupas daquela pessoa especial em meus braços.

Eu vou pirando pra mim e por isso.
Falta ar, falta acontecer, falta segurar.
Mas no fim, estamos abraçados, olho no olho.
E todo aquele fogo com desejo e com uma loucura desmedida.
Simplesmente, apaga...

Eu tenho instintos seguros, pena que numa jaula, para que não ataquem, não beijem, não despidam, não possuam.
Enquanto não for a hora, enquanto a segurança de acontecer um momento que será eterno, não aparecer, não acontecer.

Eu sou forte, mas to ficando maluco...
Oh mulheres... Meu bem e meu mal...

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