terça-feira, 30 de março de 2010

Sentimento sem nome, sensação sem limites

Damos nomes as coisas para uma melhor comunicação.
Bola, pé, céu, olho, caranguejo.
Mas podemos chamar do que for esta ilusão.
Tudo é o que queremos, sou livre para chamar do que quiser, o que vejo.

Nomes para todas as coisas, nomes para todas as pessoas (então para que apelidos?)
Nomes para sentimentos, se o que sinto não é igual ao que sente e nem se parece ao que o outro sente por nós que sentimos algo diferente por ele ou ela.

O que é amor? O verdadeiro quase ninguém sentiu e se sentiu, morreu de amores antes de compartilhar.
O que é a dor? Todas elas doem, isso é fato, mas doem em diferentes lugares e intensidades neste peito amargurado, então não é igual a tua ou a qualquer outra dor, é a minha dor apenas.

A vida é feita de momentos e por isso não dê nome a sentimentos.
Sinta!
Queremos achar um nome, uma definição, porque somos criados assim para uma melhor comunicação.
Se damos nome a sentimentos especiais e diferentes, de amor ou de paixão, nos limitamos a viver as regras que estas palavras seguem, apesar de parecerem livres, a liberdade dessa idéia está presa em rotinas que seguem os mesmos erros de todos aqueles que já rotularam o que sentem.

Seja livre no que sente, sinta intensamente.
Cada momento carrega em si, um sentimento ou vários deles e sinceramente se você ficar na zona de segurança de rotular os sentimentos em isso ou aquilo, não poderá desfrutar de todas as sensações que lhe esperam, de um abraço a um beijo.

(em homenagem a um dos leitores assíduos do meu blog, sobre a conversa que tivemos deste assunto)

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