terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nosso circo

É um grande espetáculo que temos todos os dias.
Palhaços no amor
Bailarinas da herança
Gordos de defeitos
Magros de paz na alma, calma e bons momentos
Trapezistas da saúde, corda bamba do coração e demais orgãos.
Mabalaristas de salário, condução de coletivos individuais.

Todo este circo, toda esta pláteia que não aplaude nosso pequeno e belo sucesso.
Quando o dia se vai eu me pego pensando, sentindo, amargurando a tentativa de um perdão.
E quando amanhece eu já consegui perdoar, consegui esquecer, parar de chorar, tentar melhorar e isso só dura até o meio dia.
Depois, tudo o que gira, gira lento, gira devagar, gira uma vida em poucas horas, termina o dia e mais um dia, girou.

Tentarei não ter um amor do palhaço, mas levar uma flor como um palhaço para alguém que mereça amor.
Tentarei não fazer balé, todo ostentado de brilhantes heranças que não suei para conseguir.
Tentarei emagrecer os defeitos e engordar as qualidades.
Ser imenso de paz na alma, de calma, paciência e de bons momentos eu ter uma overdose todo tempo que houver para criá-los e/ou vivê-los.
Na corda bamba de toda essa balançada saúde, de altos e baixos e movimento faz o trapézio e mesmo que eu balance, ainda tentarei voltar ao topo de cabeça erguida.
E o salário eu faço voadoras bolas que por pouco tempo dançam entre meus dedos e depois se vão. Pois apoio a arte e da parte material geralmente faço um descarte.

O que uma mente cansada pode fazer?
Apenas falar besteiras sobre nosso circo...

Para que procuras um amor desse jeito? Eu estou aqui querendo amar e não me aceitas...

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